Eugene Peterson - A mensagem
Nós, seres humanos, ficamos procurando uma religião que nos dê acesso a Deus sem termos de nos incomodar com os outros seres humanos. Recorremos a Deus para buscar conforto e inspiração quando estamos saturados dos homens, mulheres e crianças à nossa volta. Queremos que Deus nos dê uma vantagem na competição feroz do dia a dia.
A determinação de buscar uma religião que nos dê algum acesso privilegiado a Deus e ao mesmo tempo liberdade para tratar o semelhante como bem desejarmos é tão velha quanto o mundo. É o tipo de religião promovido e difundido com dedicação e engenhosidade por toda a história humana. É um negócio que está sempre em alta.
Também é o tipo de religião que os profetas bíblicos estão determinando a desarraigar, por isso fazem violenta oposição a ela.
Uma vez que a raiz da vida espiritual estável está embutida num relacionamento entre o ser humano e Deus, é fácil absorvermos a ideia equivocada de que minha vida espiritual é algo pessoal entre Deus e mim - um relacionamento privado a ser nutrido por orações, cânticos, leituras espirituais que confortam e inspiram e a adoração com pessoas que compartilham o mesmo sentimento. Se alimentarmos esse pensamento por muito tempo, vamos passar a crer que a forma com a qual tratamos as pessoas de quem não gostamos ou que não gostam de nós não importam para Deus.
É nesse momento que os profetas aparecem e nos interrompem, insistindo:
"Tudo que vocês fazem, pensam ou sentem está relacionado com Deus. Cada pessoa que vocês encontram tem um vinculo com Deus". Vivemos num vasto mundo de interconexões, e as conexões têm consequências sobre coisas ou pessoas - e todas as consequências convergem para Deus. A expressão bíblica que expressa esse fluxo de consequência é "dia do juízo".
Nunca é demais lembrar esse raciocínio. A voz de Sonfonias no coro dos profetas sustenta a intensidade e a urgência.
[Fonte: Bíblia a mensagem - Introdução ao livro do profeta Sonfonias - Autor: Eugene Peterson]
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