"Mudar é difícil mas é possível". - Paulo Freire

Olhe para si mesmo


“Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos.” (Romanos 12.16)

Talvez, um dos maiores enganos que o homem vive é pensar que tem o controle de sua vida nas mãos. Triste engano! Somente o soberbo pensa assim. Sequer compreendemos a pecaminosidade do nosso próprio coração, um coração enganoso, que nos faz pensar que somos bons e melhores.

“Aqueles que pensam muito a respeito de si mesmos, não pensam suficientemente”, ponderou Amy Carmichael.

O orgulho é um mal epidêmico. Ele está em todos nós e se manifesta de muitas maneiras: da mais sutil à mais extravagante. Por mais que odiemos admitir, todos nós somos orgulhosos! A questão, então, não é se somos ou não orgulhosos, mas o quanto temos de orgulho em nossos corações e como ele se manifesta. Reconhecê-lo é o primeiro passo para nos alinharmos com Deus.
Talvez eu vá contra suas convicções referentes a amor próprio (que, aliás, é uma das definições de orgulho), mas, também fui tremendamente confrontado a refletir sobre a nossa natureza e a mediocridade da soberba humana. Nunca na humanidade houve um tempo como o que estamos vivendo hoje, marcado pela propaganda hedonista que diz: Ame a si mesmo, cuide-se bem, aproveite a vida, siga os impulsos do seu coração, e por aí vai.

Mas note o que Thomas Kempis, escritor alemão, já aconselhava há 600 anos atrás:

 "Se você quer aprender algo que valha a pena, então considere o amor próprio como nada.  Conhecer e desprezar o “eu” é o melhor conselho. Pensar em si como nada, e sempre pensar bem dos outros é a mais nobre sabedoria. Portanto, se você vê outra pessoa cometer um pecado abertamente ou ainda um crime grave, não se considere melhor do que ele, pois você não sabe quanto tempo você pode permanecer em bom estado.  Todos os homens são frágeis, mas você deve admitir que ninguém é mais frágil do que você.

O orgulhoso não pensa assim. Ele gosta tanto de si que não sobra muito espaço para os outros; ofende-se facilmente e demonstra pouca tolerância para com as diferenças do próximo porque não ama como convém. Mas note o que Paulo escreveu em sua carta (Filipenses 2.1-5) :

Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus...

O homem jamais mudou a sua natureza pecaminosa, que abriga e aprecia tanto o orgulho. Este pecado nos oferece os mesmos “benefícios” que vem oferecendo a toda humanidade desde o início:

“Você em primeiro lugar, ...sereis como deuses, ...a glória é só tua!”  Triste engano! Jesus Cristo nos mostrou que a única forma de suprimir o orgulho é através da obediência a Deus.  Ele foi o único que viveu sem pecado e, portanto, o homem mais humilde que jamais viveu. Em tudo obedeceu a Deus, e por isso foi exaltado.

Eis um grande paradoxo: Cristo fez da humildade o caminho para a glória.

Reflita... 
Quanto reconheço do meu orgulho? Tenho focado mais nas falhas dos outros ou reconheço minhas próprias falhas? O que Jesus quis dizer com “Negar-se a si mesmo?”

Ore: Senhor, sonda meu coração. Mostre-me onde abrigo o orgulho. Dê-me humildade para reconhecer e sabedoria para mudar.

(Devocional - "Cultivando um coração humilde" - por: Reinaldo Bui)

Musica para refletir:

(NÃO TENHAS SOBRE TI - Josué Rodrigues)

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